terça-feira, 1 de setembro de 2009

Por uma Educação do Campo


(...) nasceu tomando/precisando tomar posição no confronto de projetos do campo: contra a lógica do campo como um lugar de negócio, que expulsa as famílias, que não precisa de educação nem de escolas, porque precisa cada vez mesnos de gente, a afirmação da lógica da produção para a sustentação da vida em suas diferentes dimensões, necessidades, formas (...). A educação do Campo nasceu também como crítica a uma educação pensada em si mesma ou em abstrato, seus sujeitos lutaram desde o começo para que o debate pedagógico se colocasse a sua realidade, de relações sociais concretas, de vida acontecendo em sua necessária complexidade. (Caldart)

Vida no Campo


A vida no campo não constitui mais fruto de uma especificidade denominada espaço rural. Portanto, o que a criança aprende na escola do campo não difere essencialmente daquilo que aprendem as crianças urbanas, pois o que lhe dá vida e faz emergir no Brasil é o trabalho coletivo, seu princípio educativo. Nenhuma sociedade pode prescindir desse atributo social, dessa condição que diferencia de outras sociedades e de outras épocas.

Pensar e refletir


"Uma das questões centrais com que temos de lidar, é a promoção de posturas rebeldes em posturas revolucionárias que nos engajam no processo radical de transformação do mundo. A rebeldia é o ponto de partida indispensável, é deflagração da justa ira, mas não é suficiente. A rebeldia enquanto denúncia precisa se alongar até uma posição mais redical e crítica, a revolucionária, fundamentalmente anunciadora. A mudança do mundo implica a dialetização entre a denúncia da situação desumanizante e o anúncio de sua superação; no fundo, o nosso sonho". Paulo Freire

Educação, Ética e Política



"Não há utopia verdadeira fora da tensão entre a denuncia de um presente tornando-se cada vez mais intolerável e o anuncio de um furturo a ser criado, constrído, política, estética e eticamente, por nós, homens e mulheres". (Paulo Freire)